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Em períodos de caixa reduzido, fluxo financeiro controlado e pouca abundância econômica, toda alternativa para manter a saúde financeira da empresa é considerada. O cenário empresarial das micro e pequenas empresas no Brasil é, notoriamente, informal. A estatística é de que, segundo o SEBRAE, uma a cada quatro empresas constituídas é encerrada dentro de até dois anos. Isso demonstra que, tanto o ambiente econômico brasileiro é desafiador – com carga tributária e obrigações trabalhistas onerosas, quanto que o plano de negócios dos empresários não contempla todos os desafios que a empresa irá enfrentar em sua jornada, culminando em uma taxa de mortalidade de 25% nos primeiros momentos.

Todo esse cenário serve para entender que, via de regra, não é estranho ou incomum que empresas cheguem a portes operacionais e financeiros avançados e mesmo assim tenham processos informais e não documentados. Em uma empresa, várias etapas do fluxo financeiro têm sua execução unicamente registrada na mente de um sócio ou colaborador. São processos padrões de uma organização:

  • Processo de Vendas / Faturamento;
  • Processo de Compras / Estoque;
  • Processo de Contas a Receber;
  • Processo de Contas a Pagar;
  • Processo de Conciliação Bancária.

Quando uma empresa não tem os processos bem documentados e que sejam seguidos pelos operadores, todos os resultados podem gerar desconforto da gestão da organização, justamente por não haver a segurança de que está sendo realizado da forma correta e esperada.

Todas as vendas estão sendo registradas? As compras possuem cotações? Os recebimentos estão sendo conciliados? Como garantir que não há desvios nas contas e operações da empresa?

O processo de auditoria interna serve justamente para por uma luz sobre todos esses processos. Claro que caso a empresa ainda não tenha os processos documentados e em execução, essa deverá ser sua prioridade ante as verificações, mas uma vez tendo, todos esses processos geram indicadores que podem ser acompanhados e as falhas em qualquer etapa podem ser facilmente verificadas.

Por fim, fruto de uma auditoria interna, a gestão da organização vai ter, periodicamente, resultados do acompanhamento dos saldos de compras e vendas, se variaram, se há produtos que não possuem margem e geram prejuízo, se todos os eventos financeiros estão sendo registrados, todas as anomalias que podem ocorrer, etc. Além do conhecimento, a organização como um todo entende que os processos estão sendo verificados e acompanhados, inibindo quaisquer desvios no processo.

André Cavalcanti

Autor: André Cavalcanti

Graduado em Ciências Contábeis pela UFPE e graduando de Direito pela UNICAP. Possui 7 anos de experiência na área contábil, com enfoque em assessoria e auditoria, tendo construído carreira principalmente na PwC com enfoque em Auditoria Contábil e Diagnóstico de Processos, que montou a base para a abertura da Valore Contadores Associados em 2016.

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