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Com o último mês do ano já chegando na metade, chegou o momento de apurar os resultados de tudo que aconteceu durante esse ano tão atípico. É necessário entender o que ocorreu fora do planejado para que se possa traçar uma estratégia de readequação.

Nem todos os eventos foram negativos, necessariamente, mas muitas ações tiveram o caráter de postergação para que a estrutura de fluxo de caixa não fosse tão afetada. Os principais pontos que merecem uma atenção são:

  • Impostos vencidos: Atitude comum em momento de crise, muitas empresas acabaram por priorizar a preservação do caixa frente à quitação de impostos. Até a disponibilização de um parcelamento vantajoso, muitas empresas preferem aguardar. Saiba bem quais impostos, em quais valores e em quais esferas sua empresa possui em aberto, assim como o ritmo de capitalização de juros para que esse valor não cresça fora de sua expectativa.
  • Empréstimos e financiamentos: A primeira ação em meio à crise é captar recursos com terceiros, muitas vezes com carências superiores a 6 meses. É preciso ter na ponta do lápis o valor de cada parcela e quais meses serão afetados pelos pagamentos, e se isso exigirá alguma ação extra da empresa. Uma boa dica é buscar opções de créditos mais baratos (com juros mais baixos) e trocar a dívida sempre que possível.
  • Débitos com fornecedores e Aluguéis: Caso não tenha sido possível simplesmente reduzir os gastos, muitas empresas negociaram um pagamento reduzido com a quitação da diferença no futuro. Esses valores podem surpreender se não forem controlados, e a forma de pagamento precisa ser clara, para que a cobrança não seja de uma vez.
  • Redução de receita em contratos vigentes: Muitas empresas, assim como negociaram com seus fornecedores, tiveram seus contratos de receita negociados também. É preciso saber quando é esperado que os valores sejam ajustados de volta ao normal, ou quais gatilhos irão provocar isso. Assim a redução de receita não cai no comodismo onde serão criadas barreiras para a normalização.

Todas essas informações precisam ser refletidas no planejamento financeiro da empresa para 2021. O não controle inevitavelmente trará perdas financeiras e um fluxo de caixa prejudicado, criando desafios ainda maiores para o ano que se inicia.

André Cavalcanti

Autor: André Cavalcanti

Graduado em Ciências Contábeis pela UFPE e graduando de Direito pela UNICAP. Possui 7 anos de experiência na área contábil, com enfoque em assessoria e auditoria, tendo construído carreira principalmente na PwC com enfoque em Auditoria Contábil e Diagnóstico de Processos, que montou a base para a abertura da Valore Contadores Associados em 2016.

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