Tempo de leitura estimado: 2 minutos

O ano de 2020 está, finalmente, chegando ao fim. Entre pontos positivos e negativos, fechamos o ano com o sentimento de que muita coisa mudou, mas será que as mudanças vieram para ficar?

Cada setor, natureza de negócio e estabelecimento vivenciou a crise vivida em 2020 de uma forma diferente. Uns se adaptaram rapidamente, outros vivenciaram diversas dificuldades para continuar com a atividade operacional acontecendo. Mas, certamente, muitos avanços foram identificados. Observamos diversos processos serem desburocratizados, ao menos pela possibilidade de serem realizados digitalmente, acabando com diversas visitas desnecessárias a órgãos públicos.

Nas empresas, o modelo de home office foi instaurado quase à força, e agora já vemos algumas empresas e equipes se adaptando, entendendo seus lados positivos, apesar de existirem também os negativos.

Muitas empresas estão se desfazendo de uma estrutura física, como aluguel, pelo menos em partes, já vislumbrando um modelo híbrido de trabalho.

Em 2021 não será mais necessário que uma empresa que investiu em uma política de trabalho remoto tenha estrutura física para todos os colaboradores. Isso pode reduzir diversos custos que podem ser direcionados para o desenvolvimento e aprimoramento da equipe. Também é esperado que empresas de menor porte concorram com mais força em um mercado mais voltado para o marketing digital.

Todas as empresas terão acesso à mesma plataforma para alcançar os clientes, e a digitalização de processos será alavanca para operações extremamente enxutas que concorrem diretamente com modelos tradicionais de operação.

O que vinha se consolidando nos últimos anos será uma ferramenta fundamental em um período de receio com gastos excessivos. Softwares como serviços, ou seja, soluções pagas mensalmente para uso (que não são compradas) tendem a ser a solução padrão para as empresas, por serem, via de regra, na nuvem (reduzindo necessidade de estrutura física) e com um custo de entrada demasiadamente baixo ou nulo. Muitas soluções disponíveis já reduzem a necessidade de trabalho manual, o que fortalece a exigência de capital intelectual cada vez mais desenvolvido no mercado de trabalho.

Todos os caminhos apontam para um ano que, apesar de incerto, trará muitas possibilidades de empreendedorismo a custo baixo, aquecendo o mercado e desafiando marcas e empresas consolidadas. O ambiente será favorável para novas empresas que estão validando seu modelo de negócio com investimentos controlados e que estão dispostas a planejar para seguir na contramão da crise.

André Cavalcanti

Autor: André Cavalcanti

Graduado em Ciências Contábeis pela UFPE e graduando de Direito pela UNICAP. Possui 7 anos de experiência na área contábil, com enfoque em assessoria e auditoria, tendo construído carreira principalmente na PwC com enfoque em Auditoria Contábil e Diagnóstico de Processos, que montou a base para a abertura da Valore Contadores Associados em 2016.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *